Macro


A calçada à portuguesa revela os seus buracos, caminhos por entre as pedras com areia cimentada de lixo vário. Da sua brancura negra, um lancil de passeio. Pára-se e observa-se bem aquele bocado de qualquer coisa estranha. Não interessa e continua-se o caminho. Alcatrão, muito alcatrão. Aqui e ali alguns cagalhotos e restos de óleo de um motor com pouca saúde. Mas o que é isto? Um papel voador que se pega a quem não voa? Raios partam, custa tirá-lo do caminho. O alcatrão rola depressa como pára bruscamente. Mais um lancil. Alcatrão novamente e a calçada à portuguesa. Aqui um bocado mais limpa do que lá em baixo.
De repente tudo fica mais longe. Agora o chão não está tão perto. Olho para cima e vejo o meu dono, Mr. X, a dizer-me para sair do meio da rua pois vem lá um carro.
Que chatice pá, não se pode andar em lado nenhum.

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